Há vozes que não se calam. Mesmo quando o corpo cessa, o som permanece, vibrando em discos, em memórias, em lágrimas e em esperanças. Waldemar dos Santos Alonso de Almeida Bastos, nascido a 4 de Janeiro de 1954, em Mbanza Kongo, Província do Zaire, foi uma dessas vozes raras: intensas, doces, comprometidas com a alma do povo.
A sua vida foi marcada por travessias, algumas geográficas, outras políticas, mas todas profundamente humanas. Cresceu no Norte de Angola, onde os tambores da tradição e os sussurros da resistência ecoavam entre colinas e vales. Mais do que um músico, Waldemar foi sempre um contador de verdades. E a sua música, uma oração onde cabiam o amor, a dor, a terra, o exílio e a fé.
Intérprete visceral, multi-instrumentista talentoso e compositor de um lirismo imenso, notabilizou-se como um dos grandes nomes da Cultura Angolana e Africana, levando o semba, a morna e a canção de protesto aos palcos mais exigentes do mundo, da Europa à América, da lusofonia às margens da world music.
A sua voz não era apenas poderosa. Era urgente. E, sobretudo, inconfundível. Waldemar Bastos cantava com o coração aberto e uma coragem serena, que só os que conhecem o sofrimento sabem carregar. Era música feita com o corpo inteiro, com história, memória e visão. Com calma e com alma.
Na madrugada de 10 de Agosto de 2020, em Lisboa, Angola perdeu mais do que um músico. Perdeu um guardião da identidade, um construtor de pontes entre o passado e o futuro, um embaixador da cultura que nunca se deixou moldar pela indústria nem pelas modas. Waldemar partiu aos 66 anos, mas deixou um legado que não conhece o esquecimento.
A sua arte permanece viva nos discos que gravou, nos versos que deixou, nas consciências que despertou. E o seu nome, embora tantas vezes silenciado no panorama nacional, não será esquecido por quem faz do jornalismo cultural um acto de justiça e de memória.
No Ongoma News, acreditamos que a História também se escreve com som. E que recordar Waldemar Bastos é afirmar, com todas as letras, que a cultura não morre. Ela resiste. Ela canta. Ela renasce.
E enquanto houver alguém que escute, haverá sempre Waldemar.
Há vozes que não se calam. Mesmo quando o corpo cessa, o som permanece, vibrando em discos, em memórias, em lágrimas e em esperanças. Waldemar dos Santos Alonso de Almeida Bastos, nascido a 4 de Janeiro de 1954, em Mbanza Kongo, Província do Zaire, foi uma dessas vozes raras: intensas, doces, comprometidas com a alma do povo.
A sua vida foi marcada por travessias, algumas geográficas, outras políticas, mas todas profundamente humanas. Cresceu no Norte de Angola, onde os tambores da tradição e os sussurros da resistência ecoavam entre colinas e vales. Mais do que um músico, Waldemar foi sempre um contador de verdades. E a sua música, uma oração onde cabiam o amor, a dor, a terra, o exílio e a fé.
Intérprete visceral, multi-instrumentista talentoso e compositor de um lirismo imenso, notabilizou-se como um dos grandes nomes da Cultura Angolana e Africana, levando o semba, a morna e a canção de protesto aos palcos mais exigentes do mundo, da Europa à América, da lusofonia às margens da world music.
A sua voz não era apenas poderosa. Era urgente. E, sobretudo, inconfundível. Waldemar Bastos cantava com o coração aberto e uma coragem serena, que só os que conhecem o sofrimento sabem carregar. Era música feita com o corpo inteiro, com história, memória e visão. Com calma e com alma.
Na madrugada de 10 de Agosto de 2020, em Lisboa, Angola perdeu mais do que um músico. Perdeu um guardião da identidade, um construtor de pontes entre o passado e o futuro, um embaixador da cultura que nunca se deixou moldar pela indústria nem pelas modas. Waldemar partiu aos 66 anos, mas deixou um legado que não conhece o esquecimento.
A sua arte permanece viva nos discos que gravou, nos versos que deixou, nas consciências que despertou. E o seu nome, embora tantas vezes silenciado no panorama nacional, não será esquecido por quem faz do jornalismo cultural um acto de justiça e de memória.
No Ongoma News, acreditamos que a História também se escreve com som. E que recordar Waldemar Bastos é afirmar, com todas as letras, que a cultura não morre. Ela resiste. Ela canta. Ela renasce.
E enquanto houver alguém que escute, haverá sempre Waldemar.