“Não tarda encontras uma portuguesa, casas-te e já te tornas português”, disse o professor ao aluno estrangeiro, em tom jocoso mas intrigante.
Pelas partes da metrópole eterna, mais e mais se menciona o desejo de se aumentar a população portuguesa por parte de imigrantes. A pergunta que se coloca é: ser português por necessidade de obter-se vantagens e benefícios ou por orgulho de ser parte de um povo outrora grandioso, pioneiro das aventuras marítimas, e conhecido pela rica gastronomia, pelo talentoso Mourinho e pelo inigualável CR7? Devo atrever-me a responder que ainda não conheci alguém que tenha mostrado o desejo fulminante de ser chamado português pelo orgulho, pela honra e pela glória. Não me interpretem mal, reconheço a capacidade Lusa de marcar a História. Alguns dos meus heróis são lusitanos puros, como Fernando Pessoa e as suas outras pessoas, o Padre António Vieira que pregou aos peixes, Luís Vaz de Camões que como ninguém exaltou a glória deste povo e deu-nos a Língua Portugesa, ou ainda Rui Veloso e as suas nada inocentes notas de guitarra e eloquente poesia, e claro não posso esquecer o António do Pica do Sete em representação do jazz português (o Fado), somente para citar uns poucos.
A realidade mostra que é muito mais pela conveniência de ser português para obter benefícios de deslocação pelo mundo que não pede visto de entrada, pela bênção de ter serviços de qualidade boa e praticamente grátis na saúde e na educação, principalmente quando nos países de origem dos desejados, tais benesses ainda parecem estar nos sonhos dos não nascidos netos.
Hoje olhamos para a História e vemos as pegadas lusas deixadas em todos os continentes e desejamos que de algum modo o porto da Europa volte a erguer-se soberanamente, talvez para ajudar a equilibrar o mundo de todos e de ninguém, ou melhor, de quem tem mais poder económico e bélico. Mas provavelmente a soberania de Portugal trará um desequilíbrio maior, pois já diz que onde elefantes lutam, sofre o capim. Quem sabe se por um milagre qualquer os países originários dos necessitados de nacionalidade consigam providenciar os bens e serviços que estes buscam dali. Oh meu Deus!
Imaginem por um minuto, somente por sessenta segundos, imaginem como os países africanos, ou de outros pontos do globo, unidos em força consigam erguer escolas e universidades poderosas e excelentes, com sistemas de investigação científica excelentes que resultem em desenvolvimento do século XXII na saúde, na economia, na investigação espacial, nas artes…até fico arrepiado de pensar que é possível termos outros cantos do mundo com o poder de fazer a diferença, pessoas das Américas, da Europa a concorrerem ansiosas por estudar na digníssima Universidade Eduardo Mondlane e serem aceites para trabalharem numa empresa na Caála, Huambo, ou simplesmente viver em paz num recôndito vilarejo no Congo…vou parar de escrever por um segundo, a possibilidade desta realidade acelerou o meu coração e aumentou os meus níveis naturais de ansiedade.
É por orgulho que nunca desejei ser português. Sou angolano. Não tanto como gostaria, mas sou. Apesar do espírito de cidadão internacional, a minha raiz é mwangolê. Contudo, se for para o bem da Humanidade ter as aberturas que o Tejo proporciona, então sobre a minha mesa da ponderação estará o modelo de requerimento 6.1 devidamente preenchido.
“Não tarda encontras uma portuguesa, casas-te e já te tornas português”, disse o professor ao aluno estrangeiro, em tom jocoso mas intrigante.
Pelas partes da metrópole eterna, mais e mais se menciona o desejo de se aumentar a população portuguesa por parte de imigrantes. A pergunta que se coloca é: ser português por necessidade de obter-se vantagens e benefícios ou por orgulho de ser parte de um povo outrora grandioso, pioneiro das aventuras marítimas, e conhecido pela rica gastronomia, pelo talentoso Mourinho e pelo inigualável CR7? Devo atrever-me a responder que ainda não conheci alguém que tenha mostrado o desejo fulminante de ser chamado português pelo orgulho, pela honra e pela glória. Não me interpretem mal, reconheço a capacidade Lusa de marcar a História. Alguns dos meus heróis são lusitanos puros, como Fernando Pessoa e as suas outras pessoas, o Padre António Vieira que pregou aos peixes, Luís Vaz de Camões que como ninguém exaltou a glória deste povo e deu-nos a Língua Portugesa, ou ainda Rui Veloso e as suas nada inocentes notas de guitarra e eloquente poesia, e claro não posso esquecer o António do Pica do Sete em representação do jazz português (o Fado), somente para citar uns poucos.
A realidade mostra que é muito mais pela conveniência de ser português para obter benefícios de deslocação pelo mundo que não pede visto de entrada, pela bênção de ter serviços de qualidade boa e praticamente grátis na saúde e na educação, principalmente quando nos países de origem dos desejados, tais benesses ainda parecem estar nos sonhos dos não nascidos netos.
Hoje olhamos para a História e vemos as pegadas lusas deixadas em todos os continentes e desejamos que de algum modo o porto da Europa volte a erguer-se soberanamente, talvez para ajudar a equilibrar o mundo de todos e de ninguém, ou melhor, de quem tem mais poder económico e bélico. Mas provavelmente a soberania de Portugal trará um desequilíbrio maior, pois já diz que onde elefantes lutam, sofre o capim. Quem sabe se por um milagre qualquer os países originários dos necessitados de nacionalidade consigam providenciar os bens e serviços que estes buscam dali. Oh meu Deus!
Imaginem por um minuto, somente por sessenta segundos, imaginem como os países africanos, ou de outros pontos do globo, unidos em força consigam erguer escolas e universidades poderosas e excelentes, com sistemas de investigação científica excelentes que resultem em desenvolvimento do século XXII na saúde, na economia, na investigação espacial, nas artes…até fico arrepiado de pensar que é possível termos outros cantos do mundo com o poder de fazer a diferença, pessoas das Américas, da Europa a concorrerem ansiosas por estudar na digníssima Universidade Eduardo Mondlane e serem aceites para trabalharem numa empresa na Caála, Huambo, ou simplesmente viver em paz num recôndito vilarejo no Congo…vou parar de escrever por um segundo, a possibilidade desta realidade acelerou o meu coração e aumentou os meus níveis naturais de ansiedade.
É por orgulho que nunca desejei ser português. Sou angolano. Não tanto como gostaria, mas sou. Apesar do espírito de cidadão internacional, a minha raiz é mwangolê. Contudo, se for para o bem da Humanidade ter as aberturas que o Tejo proporciona, então sobre a minha mesa da ponderação estará o modelo de requerimento 6.1 devidamente preenchido.