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RÁDIO NACIONAL DE ANGOLA: VOZ DA NAÇÃO,TRADIÇÃO E CULTURA EM ONDAS SONORAS

RÁDIO NACIONAL DE ANGOLA: VOZ DA NAÇÃO,TRADIÇÃO E CULTURA EM ONDAS SONORAS
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Fundada a 5 de Outubro de 1951, durante o período colonial, a Rádio Nacional de Angola (RNA) nasceu com o nome de Emissora Oficial de Angola, tendo como missão inicial a retransmissão de conteúdos oriundos da metrópole portuguesa e a difusão de programas informativos e de entretenimento destinados à população residente na então província ultramarina.

Com a proclamação da Independência Nacional a 11 de Novembro de 1975, a estação adoptou oficialmente a designação Rádio Nacional de Angola e passou a desempenhar um papel central na consolidação do novo Estado, tornando-se instrumento de informação, mobilização e coesão social. Sob a direcção do Estado, a RNA assumiu a missão de servir o interesse público, com uma grelha de programação centrada na educação cívica, na promoção da unidade nacional e na divulgação das diversas expressões culturais do país.

Pluralidade linguística e cultural

A RNA destacou-se, desde os primeiros anos da independência, pela sua capacidade de representar a diversidade do país através de emissões em várias línguas nacionais, como o kimbundu, umbundu, kikongo, tchokwe, nhaneca, fiote e kuanyama. Esta estratégia linguística contribuiu não apenas para a inclusão das populações, mas também para a preservação e valorização das línguas e culturas locais.

Além das línguas nacionais, a emissora sempre manteve o português como idioma principal de transmissão, garantindo o acesso à informação de forma unificadora num país multilingue e multicultural.

Cultura em frequência modulada

Ao longo das décadas, a RNA tornou-se plataforma incontornável para a promoção da arte angolana. Foi palco de revelação de inúmeros músicos, poetas, dramaturgos e cronistas que, através das ondas hertzianas, encontraram voz para alcançar as mais remotas localidades do território nacional. Programas emblemáticos como Kaluanda Pio, Ngola Yetu ou Estrelas ao Palco marcaram gerações, promovendo o talento artístico nacional e fomentando o orgulho identitário.

Muitos dos grandes nomes da música angolana iniciaram os seus percursos nos estúdios da RNA, cuja influência se estendeu igualmente ao teatro radiofónico, à literatura oral e à crónica radiojornalística, formatos que encontraram na rádio um espaço de produção e circulação.

Expansão e modernização

Com o passar dos anos, a RNA consolidou-se como um dos maiores grupos de comunicação do país, com uma vasta rede de emissoras provinciais e canais temáticos, como a Rádio Cinco (dedicada ao desporto), Rádio Ngola Yetu (focada na cultura angolana) e a Rádio Cultura. A sua estrutura técnica evoluiu, acompanhando os avanços tecnológicos, da rádio em ondas curtas e médias para a frequência modulada (FM) e, mais recentemente, para o ambiente digital.

A presença da RNA nas plataformas digitais permitiu alcançar a diáspora angolana e um novo público jovem, mantendo-se relevante num contexto de transformação acelerada dos hábitos de consumo de media.

Um legado em contínua construção

A história da Rádio Nacional de Angola é inseparável da história contemporânea do país. Ao longo dos seus mais de 70 anos, a emissora desempenhou múltiplas funções — informativa, educativa, cultural e integradora — reflectindo, a cada época, os desafios e conquistas da sociedade angolana.

Sem perder de vista a sua vocação de serviço público, a RNA mantém-se como um importante veículo de expressão da identidade nacional, um espelho sonoro da cultura angolana, e um espaço aberto à criatividade, à memória colectiva e à projecção das artes para dentro e fora de Angola.

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Redacção

Fundada a 5 de Outubro de 1951, durante o período colonial, a Rádio Nacional de Angola (RNA) nasceu com o nome de Emissora Oficial de Angola, tendo como missão inicial a retransmissão de conteúdos oriundos da metrópole portuguesa e a difusão de programas informativos e de entretenimento destinados à população residente na então província ultramarina.

Com a proclamação da Independência Nacional a 11 de Novembro de 1975, a estação adoptou oficialmente a designação Rádio Nacional de Angola e passou a desempenhar um papel central na consolidação do novo Estado, tornando-se instrumento de informação, mobilização e coesão social. Sob a direcção do Estado, a RNA assumiu a missão de servir o interesse público, com uma grelha de programação centrada na educação cívica, na promoção da unidade nacional e na divulgação das diversas expressões culturais do país.

Pluralidade linguística e cultural

A RNA destacou-se, desde os primeiros anos da independência, pela sua capacidade de representar a diversidade do país através de emissões em várias línguas nacionais, como o kimbundu, umbundu, kikongo, tchokwe, nhaneca, fiote e kuanyama. Esta estratégia linguística contribuiu não apenas para a inclusão das populações, mas também para a preservação e valorização das línguas e culturas locais.

Além das línguas nacionais, a emissora sempre manteve o português como idioma principal de transmissão, garantindo o acesso à informação de forma unificadora num país multilingue e multicultural.

Cultura em frequência modulada

Ao longo das décadas, a RNA tornou-se plataforma incontornável para a promoção da arte angolana. Foi palco de revelação de inúmeros músicos, poetas, dramaturgos e cronistas que, através das ondas hertzianas, encontraram voz para alcançar as mais remotas localidades do território nacional. Programas emblemáticos como Kaluanda Pio, Ngola Yetu ou Estrelas ao Palco marcaram gerações, promovendo o talento artístico nacional e fomentando o orgulho identitário.

Muitos dos grandes nomes da música angolana iniciaram os seus percursos nos estúdios da RNA, cuja influência se estendeu igualmente ao teatro radiofónico, à literatura oral e à crónica radiojornalística, formatos que encontraram na rádio um espaço de produção e circulação.

Expansão e modernização

Com o passar dos anos, a RNA consolidou-se como um dos maiores grupos de comunicação do país, com uma vasta rede de emissoras provinciais e canais temáticos, como a Rádio Cinco (dedicada ao desporto), Rádio Ngola Yetu (focada na cultura angolana) e a Rádio Cultura. A sua estrutura técnica evoluiu, acompanhando os avanços tecnológicos, da rádio em ondas curtas e médias para a frequência modulada (FM) e, mais recentemente, para o ambiente digital.

A presença da RNA nas plataformas digitais permitiu alcançar a diáspora angolana e um novo público jovem, mantendo-se relevante num contexto de transformação acelerada dos hábitos de consumo de media.

Um legado em contínua construção

A história da Rádio Nacional de Angola é inseparável da história contemporânea do país. Ao longo dos seus mais de 70 anos, a emissora desempenhou múltiplas funções — informativa, educativa, cultural e integradora — reflectindo, a cada época, os desafios e conquistas da sociedade angolana.

Sem perder de vista a sua vocação de serviço público, a RNA mantém-se como um importante veículo de expressão da identidade nacional, um espelho sonoro da cultura angolana, e um espaço aberto à criatividade, à memória colectiva e à projecção das artes para dentro e fora de Angola.

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