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Incidente

Motim, Putin, Prigozhin, fim?

Motim, Putin, Prigozhin, fim?
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A confirmação da morte do ex-líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, conseguiu ganhar destaque numa série de jornais pelo mundo inteiro. Alguns órgãos de comunicação reforçam que a morte do ex-líder do grupo de mercenário pode gerar medidas desesperadas contra o regime de Putin, enquanto outros acreditam que alguns vão ser mais cauteloso nas suas investidas.

Disse Anne Applebaum, uma escritora no Atlantic, que o avião destruído foi uma mensagem em som alto para as pessoas que queiram também desafiar o Putin. Acredito que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não tenha reagido com “adoro” a esse acontecimento.

Quando Yevgeny Prigozhin deu vida à rebelião armada no dia 26 de Junho último, certamente estava ciente de que possivelmente estaria a reduzir o seu tempo de vida em solo russo. A confirmação da sua morte levanta uma série de perguntas sobre o regime liderado por Vladymir Putin. Dois meses depois da acção que o Presidente russo rotulou como sendo um acto de “traição”, as previsões sobre o desfecho desta incompatibilidade ideológica não foram inesperadas. Então, qualquer tentativa de charlatanice no que concerne à reacção de espanto sobre ocorrido será facilmente desmascarada.

Para quem conclui num vídeo que se tornou viral quanto ao seu posicionamento acerca da traição, possivelmente o ex-líder do grupo Wagner esteve durante muito tempo off-line para que não previsse o sucedido. Muitos são os que olham para esse evento como a intensificação dum derretimento governamental, mas na realidade estamos a falar da morte dum mafioso e não do líder de um pais. Desta feita, as implicações, no máximo, poderão ser uma colisão entre os detentores do poder e uns sabotadores da legalidade dum Estado independente.

A causa deste acidente tem sido bastante debatida. Por enquanto, as autoridades alegam que seja cedo para avançar sobre as reais causas dos destroços do avião de Prigozhin, cujas imagens ilustram o aereoplano plumando fumo a partir das nuvens e perdendo as asas. Alguns órgãos russos especulam a possibilidade de o avião ter sido alvo duma bomba que lhe levou abaixo até ao solo de maneira fatal.

O governo de Putin é certamente um espelho de liderança. A Rússia tem mostrado-se como sendo um país que raramente baixa o nariz, pois não importam as adversidades. Significa que qualquer ameaça aos seus ideais pode revelar fissuras que podem deitar abaixo um regime que tem intensificado o seu nível de poderes para jamais ser subestimado. O motim liderado por Prigozhin foi um beliscão à pose de omnipotência do governo de Putin. E como é característico para líderes do seu gênero, perdoar o inimigo, geralmente. é prolongar a guerra.

Diz-se que os métodos maquiavélicos carecem duma serie de actualizações para os tempos contemporâneos, porém a aplicabilidade de alguns dos seus ensinamentos garante uma grande cautela, por parte de quem quisesse fazer frente a quem as aplica ao pé da letra. Certamente, o fim dum líder tão poderoso como foi Prigozhin pode gerar danos colaterais, mas para cada acção há uma reação e possivelmente o regime russo esteja ciente de que há uma série ameaças vindo na sua direcção.

Finalmente, há a questão da nossa própria perspectiva distorcida: em um cenário midiático com pouco interesse em expertise sobre a Rússia e a Ucrânia, vozes desinformadas e partidárias assumem um papel elevado. A mídia tradicional, desesperada para se manter relevante, serve apenas para ecoá-las. A morte do ex-líder do grupo mercenário deixa aos espectadores uma única questão: “O que acontecerá a seguir?

6galeria

Avelino João

Redactor

Avelino é um jovem luandense, apaixonado pelo universo literário, estudante do curso de Comunicação Social na Universidade Agostinho Neto. Tem experiência profissional na área de comunicação multiplataforma, é redator e criador do blogspot “Buscador Sem Metas” e leitor assíduo e mergulhado no universo da escrita há aproximadamente dez anos.

A confirmação da morte do ex-líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, conseguiu ganhar destaque numa série de jornais pelo mundo inteiro. Alguns órgãos de comunicação reforçam que a morte do ex-líder do grupo de mercenário pode gerar medidas desesperadas contra o regime de Putin, enquanto outros acreditam que alguns vão ser mais cauteloso nas suas investidas.

Disse Anne Applebaum, uma escritora no Atlantic, que o avião destruído foi uma mensagem em som alto para as pessoas que queiram também desafiar o Putin. Acredito que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não tenha reagido com “adoro” a esse acontecimento.

Quando Yevgeny Prigozhin deu vida à rebelião armada no dia 26 de Junho último, certamente estava ciente de que possivelmente estaria a reduzir o seu tempo de vida em solo russo. A confirmação da sua morte levanta uma série de perguntas sobre o regime liderado por Vladymir Putin. Dois meses depois da acção que o Presidente russo rotulou como sendo um acto de “traição”, as previsões sobre o desfecho desta incompatibilidade ideológica não foram inesperadas. Então, qualquer tentativa de charlatanice no que concerne à reacção de espanto sobre ocorrido será facilmente desmascarada.

Para quem conclui num vídeo que se tornou viral quanto ao seu posicionamento acerca da traição, possivelmente o ex-líder do grupo Wagner esteve durante muito tempo off-line para que não previsse o sucedido. Muitos são os que olham para esse evento como a intensificação dum derretimento governamental, mas na realidade estamos a falar da morte dum mafioso e não do líder de um pais. Desta feita, as implicações, no máximo, poderão ser uma colisão entre os detentores do poder e uns sabotadores da legalidade dum Estado independente.

A causa deste acidente tem sido bastante debatida. Por enquanto, as autoridades alegam que seja cedo para avançar sobre as reais causas dos destroços do avião de Prigozhin, cujas imagens ilustram o aereoplano plumando fumo a partir das nuvens e perdendo as asas. Alguns órgãos russos especulam a possibilidade de o avião ter sido alvo duma bomba que lhe levou abaixo até ao solo de maneira fatal.

O governo de Putin é certamente um espelho de liderança. A Rússia tem mostrado-se como sendo um país que raramente baixa o nariz, pois não importam as adversidades. Significa que qualquer ameaça aos seus ideais pode revelar fissuras que podem deitar abaixo um regime que tem intensificado o seu nível de poderes para jamais ser subestimado. O motim liderado por Prigozhin foi um beliscão à pose de omnipotência do governo de Putin. E como é característico para líderes do seu gênero, perdoar o inimigo, geralmente. é prolongar a guerra.

Diz-se que os métodos maquiavélicos carecem duma serie de actualizações para os tempos contemporâneos, porém a aplicabilidade de alguns dos seus ensinamentos garante uma grande cautela, por parte de quem quisesse fazer frente a quem as aplica ao pé da letra. Certamente, o fim dum líder tão poderoso como foi Prigozhin pode gerar danos colaterais, mas para cada acção há uma reação e possivelmente o regime russo esteja ciente de que há uma série ameaças vindo na sua direcção.

Finalmente, há a questão da nossa própria perspectiva distorcida: em um cenário midiático com pouco interesse em expertise sobre a Rússia e a Ucrânia, vozes desinformadas e partidárias assumem um papel elevado. A mídia tradicional, desesperada para se manter relevante, serve apenas para ecoá-las. A morte do ex-líder do grupo mercenário deixa aos espectadores uma única questão: “O que acontecerá a seguir?

Avelino João

Redactor

Avelino é um jovem luandense, apaixonado pelo universo literário, estudante do curso de Comunicação Social na Universidade Agostinho Neto. Tem experiência profissional na área de comunicação multiplataforma, é redator e criador do blogspot “Buscador Sem Metas” e leitor assíduo e mergulhado no universo da escrita há aproximadamente dez anos.

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