Caneta e Papel
Motivação

8 horas de distracção ou 5 minutos de produtividade. Escolha!

8 horas de distracção ou 5 minutos de produtividade. Escolha!
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“Quantas vezes terminou um dia inteiro de trabalho duro e sentiu que não produziu nada?”  

Depois de ler a primeira frase do extrato do artigo de Maura Thomas, “Como superar o seu hábito de distrações (Verificar emails)”, senti-me compelido a escrever este breve artigo porque identifiquei-me imediatamente. Acalme-se, não se sinta mal, porque além de não estar sozinho nessa luta, que se verifica muitas vezes no fenómeno do multitasking, que leva a um hábito de distração, a Maura apresenta possíveis soluções para não cair nessa tentação e desenvolver o hábito indesejável.

O foco deve estar na produtividade, daí ser importante conhecer o poder que 5 minutos de verdadeira actividade focada têm na produtividade, ao contrário de 8 ou 10 horas de presença física no escritório sem fazer nada senão navegar na Net, ou correr de um lado ao outro a procurar resolver cada urgência que surja (vide artigo “Se Tudo É Urgente Nada É Urgente”).

Nos estudos de Maura ficou comprovado que a distracção é a maior barreira ao trabalho com sentido e satisfatório. As constantes distrações deixam um trilho de pensamentos dispersos… deixam-nos oprimidos e cansados. E quando os nossos ocupados e exaustivos dias não chegam com o sentimento de dever cumprido, o nosso trabalho parece na melhor das hipóteses insatisfatório – desmotivador na pior das hipóteses.

Ela refere os estudos de Gloria Mark que indica que normalmente alternamos o que estamos a fazer em poucos minutos e que essas interrupções obrigam-nos a trabalhar mais depressa e consequentemente aumenta-se o nível de stress, mais frustração, pressão com o tempo e exigem mais esforço, o que obviamente sabota o nosso desempenho e o modo como nos apresentamos ao mundo.

Felizmente, existe o contraditório definido por Cal Newport como a habilidade de manter o foco sem distracções sobre uma tarefa cognitivamente exigente, denominada por “Trabalho profundo”. Bem feito, o trabalho profundo permite gerir com maestria rapidamente informação complicada e produzir melhores resultados em pouco tempo.

Para fazer trabalho profundo, Maura explica que ter foco e canalizar os nossos recursos (conhecimento, sabedoria, experiência, empatia, paixão, delicadeza, diligência e tudo que carregamos e ajude a causar impacto) para o trabalho mais importante e de maior significado leva tempo. Por isso, vamos com calma. 5 minutos a cada vez!

Um elemento chave a ter em consideração na mudança de comportamento sobre a nossa produtividade é o hábito. O hábito de nos distrairmos é um mal a ser eliminado e substituído por hábitos que levam à produtividade. Ora vejamos, basta que o trabalho fique um pouco monótomo, ou uma tarefa pareça aborrecida que logo preferimos dar atenção à nossa máquina preferida: o telemóvel e os seus conteúdos. Maura alerta para a tecnologia persuasiva, que usa técnicas sofisticadas da psicologia comportamental para convencer-nos a interagirmos quase que constantemente com a mesma (vide também o “Dilema das Redes Sociais”, de Jeff Orlowski).

Soluções

“O caminho para a produtividade não está na Gestão do Tempo, mas sim na Gestão da Atenção e acabar com o hábito da distracção”, defende Maura, e continua indicando três formas fáceis de iniciar este processo:

1. Tomar consciência da situação – reconhecer a existência de um problema é o primeiro passo para ultrapassá-lo. Reconhecer e admiti-lo desperta o cérebro para a ação seguinte;

2. Montar planos para ultrapassar a situação – dizer “não” a si mesmo e a “ladrões da atenção” pode ser feito de várias formas, desde que se consiga que tal método elimine a acção da distracção e permita o foco à tarefa;

3. Aproveitar-se do princípio de activação de energia – torne simples e fácil empenhar-se em hábitos de gestão da atenção que sejam mais produtivos. Por exemplo, escrever a tarefa a realizar de modo mais específico que parece rápido e fácil de fazer, deixe-se de abstractos e seja mais incisivo do que quer fazer. O nosso cérebro tem a mania de querer fazer o que é mais fácil, logo, se ele se aperceber que a tarefa é fácil vai orientar o corpo a realiza-la nas calmas.

Gosto de como a Marta resume as coisas dizendo que “as distracções nos deixam em um estado de exaustão e com a sensação de não termos alcançado nada, embora tenhamos estado sempre muito ocupados. E porque se torna um hábito, quando não somos distraídos por alguém, distraímo-nos a nós mesmos. Para evitar o esgotamento profissional, precisamos de reconhecer e elaborar um plano para combater o problema para que possamos concluir o nosso trabalho mais importante e soltar no nosso génio ao mundo”.

Com essas palavras... reitero um desafio já lançado antes: “com estes pequenos exemplos de grandeza, resta uma pergunta: Aceita o desafio de se juntar a eles?” em referência a possibilidade que temos de deixar uma marca positiva na história da humanidade (vide artigo “Não Pense Apenas: Aja!”).

Referências

Artigo de Maura Thomas em: https://hbr.org/2019/12/how-to-overcome-your-checks-email-distraction-habit?autocomplete=true  

O Dilema das Redes Sociais: https://www.youtube.com/watch?v=uaaC57tcci0

https://www.ongoma.news/artigo/se-tudo-e-urgente-nada-e-urgente

https://www.ongoma.news/artigo/doenca-profissional-esgotamento-burnout

https://www.ongoma.news/artigo/nao-pense-apenas-aja

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Edilson Buchartts

Cronista

“Quantas vezes terminou um dia inteiro de trabalho duro e sentiu que não produziu nada?”  

Depois de ler a primeira frase do extrato do artigo de Maura Thomas, “Como superar o seu hábito de distrações (Verificar emails)”, senti-me compelido a escrever este breve artigo porque identifiquei-me imediatamente. Acalme-se, não se sinta mal, porque além de não estar sozinho nessa luta, que se verifica muitas vezes no fenómeno do multitasking, que leva a um hábito de distração, a Maura apresenta possíveis soluções para não cair nessa tentação e desenvolver o hábito indesejável.

O foco deve estar na produtividade, daí ser importante conhecer o poder que 5 minutos de verdadeira actividade focada têm na produtividade, ao contrário de 8 ou 10 horas de presença física no escritório sem fazer nada senão navegar na Net, ou correr de um lado ao outro a procurar resolver cada urgência que surja (vide artigo “Se Tudo É Urgente Nada É Urgente”).

Nos estudos de Maura ficou comprovado que a distracção é a maior barreira ao trabalho com sentido e satisfatório. As constantes distrações deixam um trilho de pensamentos dispersos… deixam-nos oprimidos e cansados. E quando os nossos ocupados e exaustivos dias não chegam com o sentimento de dever cumprido, o nosso trabalho parece na melhor das hipóteses insatisfatório – desmotivador na pior das hipóteses.

Ela refere os estudos de Gloria Mark que indica que normalmente alternamos o que estamos a fazer em poucos minutos e que essas interrupções obrigam-nos a trabalhar mais depressa e consequentemente aumenta-se o nível de stress, mais frustração, pressão com o tempo e exigem mais esforço, o que obviamente sabota o nosso desempenho e o modo como nos apresentamos ao mundo.

Felizmente, existe o contraditório definido por Cal Newport como a habilidade de manter o foco sem distracções sobre uma tarefa cognitivamente exigente, denominada por “Trabalho profundo”. Bem feito, o trabalho profundo permite gerir com maestria rapidamente informação complicada e produzir melhores resultados em pouco tempo.

Para fazer trabalho profundo, Maura explica que ter foco e canalizar os nossos recursos (conhecimento, sabedoria, experiência, empatia, paixão, delicadeza, diligência e tudo que carregamos e ajude a causar impacto) para o trabalho mais importante e de maior significado leva tempo. Por isso, vamos com calma. 5 minutos a cada vez!

Um elemento chave a ter em consideração na mudança de comportamento sobre a nossa produtividade é o hábito. O hábito de nos distrairmos é um mal a ser eliminado e substituído por hábitos que levam à produtividade. Ora vejamos, basta que o trabalho fique um pouco monótomo, ou uma tarefa pareça aborrecida que logo preferimos dar atenção à nossa máquina preferida: o telemóvel e os seus conteúdos. Maura alerta para a tecnologia persuasiva, que usa técnicas sofisticadas da psicologia comportamental para convencer-nos a interagirmos quase que constantemente com a mesma (vide também o “Dilema das Redes Sociais”, de Jeff Orlowski).

Soluções

“O caminho para a produtividade não está na Gestão do Tempo, mas sim na Gestão da Atenção e acabar com o hábito da distracção”, defende Maura, e continua indicando três formas fáceis de iniciar este processo:

1. Tomar consciência da situação – reconhecer a existência de um problema é o primeiro passo para ultrapassá-lo. Reconhecer e admiti-lo desperta o cérebro para a ação seguinte;

2. Montar planos para ultrapassar a situação – dizer “não” a si mesmo e a “ladrões da atenção” pode ser feito de várias formas, desde que se consiga que tal método elimine a acção da distracção e permita o foco à tarefa;

3. Aproveitar-se do princípio de activação de energia – torne simples e fácil empenhar-se em hábitos de gestão da atenção que sejam mais produtivos. Por exemplo, escrever a tarefa a realizar de modo mais específico que parece rápido e fácil de fazer, deixe-se de abstractos e seja mais incisivo do que quer fazer. O nosso cérebro tem a mania de querer fazer o que é mais fácil, logo, se ele se aperceber que a tarefa é fácil vai orientar o corpo a realiza-la nas calmas.

Gosto de como a Marta resume as coisas dizendo que “as distracções nos deixam em um estado de exaustão e com a sensação de não termos alcançado nada, embora tenhamos estado sempre muito ocupados. E porque se torna um hábito, quando não somos distraídos por alguém, distraímo-nos a nós mesmos. Para evitar o esgotamento profissional, precisamos de reconhecer e elaborar um plano para combater o problema para que possamos concluir o nosso trabalho mais importante e soltar no nosso génio ao mundo”.

Com essas palavras... reitero um desafio já lançado antes: “com estes pequenos exemplos de grandeza, resta uma pergunta: Aceita o desafio de se juntar a eles?” em referência a possibilidade que temos de deixar uma marca positiva na história da humanidade (vide artigo “Não Pense Apenas: Aja!”).

Referências

Artigo de Maura Thomas em: https://hbr.org/2019/12/how-to-overcome-your-checks-email-distraction-habit?autocomplete=true  

O Dilema das Redes Sociais: https://www.youtube.com/watch?v=uaaC57tcci0

https://www.ongoma.news/artigo/se-tudo-e-urgente-nada-e-urgente

https://www.ongoma.news/artigo/doenca-profissional-esgotamento-burnout

https://www.ongoma.news/artigo/nao-pense-apenas-aja

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