A empresária angolana Sónia Moreira e Almeida afirmou recentemente que “o crochê é uma arte que nos ajuda a falar com o coração, porque nela se trabalha com o coração”, tendo partilhado que pretende passar os seus conhecimentos a outras jovens, pois, para além de ser uma arte bonita, “também dá para comercializar e sobreviver”.
Para ela, o crochê tem uma particularidade, que é ajudar-nos a falar connosco mesmos. “Ao falar comigo mesma, fui percebendo que o meu trabalho não podia ficar só por ali e devia trabalhar com jovens e jovens mais carenciadas, comunidades mais vulneráveis, de forma a tirá-las da prostituição, da vida fácil”, explicou a fundadora da Belíssima Crochê, marca nascida em 2020, vocacionada nesse tipo de manufactura, tendo destacado ainda o contributo desse ofício para “a diversificação da economia em Angola, assim como no resgate dos valores morais”.
“A nossa principal missão é formar e promover a cidadania, criando condições e oportunidades de negócio para a sustentabilidade das comunidades no âmbito das políticas de desenvolvimento local, ao mesmo tempo que aumentamos a difusão do sentimento de patriotismo”, referiu.
Ao ONgoma News, durante o workshop sobre “O Crochê, Emprego e Combate à Pobreza”, decorrido em comemoração do Dia Internacional do Crochê, celebrado anualmente a 12 de Setembro e tendo tido lugar na Galeria ResiliArt Angola, sita no Shopping Fortaleza, em Luanda, a empreendedora referiu ainda que a Belíssima tem como finalidade trabalhar nas comunidades para formar, sensibilizar e estimular o gosto pelo crochê e costura, tornando os contemplados independentes na criação do seu próprio negócio, além da intenção de geração de postos de trabalho.
A marca surgiu devido ao isolamento social provocado pela pandemia Covid-19, ambiciona ser uma referência em Angola e reconhecida a nível internacional, assumindo-se como um exemplo na criação de valores para os seus clientes, colaboradores, parceiros e comunidades.
A ideia surgiu num momento difícil, numa altura em que a sua filha teve problemas de saúde e foi recomendado ao casal que um dos dois tinha de parar as actividades e a opção foi Sónia fazê-lo. Daí, não tinha outra alternativa senão procurar aquilo que gostava de fazer ou o que ainda sabia fazer.
“Eu aprendi a fazer o crochê muito nova, quando tinha aproximadamente 10 a 12 anos de idade. Então fui buscar uma agulha que ainda tinha para treinar e ver o que ainda sabia fazer, e surgiu primeiro um tapete para casa, depois uma passadeira e daí fui colhendo opinião das pessoas. E como algumas me chamavam de belíssima, pensei como esta arte é mesmo belíssima e desenvolveu-se a marca”, revelou.
Sónia Moreira contou ainda que, por causa dos clientes, que na sua maioria foram homens que valorizaram de primeira o crochê, a marca desenvolveu-se conforme foi criando peças. “E o crochê é uma arte que nos ajuda a falar com o coração. E uma das coisas que eu fui reflectindo com o coração: Mas por que não tirar ou trabalhar com as comunidades”, questionou-se a entrevistada.
“Nós temos muita juventude, muitas meninas que andam pela rua, na prostituição, procuram dinheiro fácil, então eu pensei em trabalhar com as comunidades. Eu vou trabalhar com essa arte conforme aprendi quando pequenina, também posso passar a outras jovens, porque percebo que dá para comercializar e também dá para sobreviver, e foi assim que a Belíssima Crochê foi crescendo”, com o objectivo de hoje apoiar as comunidades mais vulneráveis, sustentou a gestora.
Resultado de uma parceria com o Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, o projecto da Belíssima Crochê vai chegar, numa primeira fase, a duas escolas, nomeadamente, o Centro Integrado de Empoderamento Familiar (CIEF), no bairro da Precol, e Escola Nacional de Formação de Técnicos Serviço Social (ENFOTSS), em Cacuaco.
“Será um desafio. Mas é algo que quero muito, trabalhar e dar o meu contributo no combate ao desemprego. Esta parceria com o Ministério vai também ajudar-me a identificar algumas jovens com aptidão, mas sem capacidade financeira para investir no material necessário”, acrescentou a responsável, em comunicado partilhado com a imprensa.
Entretanto, nesses 3 anos de existência, embora a fundadora da marca se sinta suspeita de falar de falar sobre, disse ao nosso portal que “o crescimento é brutal”, porque começou a fazer apenas peças para casa e hoje já faz calças de ganga, almofadas, não tem queda para os fatos de banho, mas produz carteiras, cestos para casa, porta-guardanapos, entre outros, de tal forma que observa que a Belíssima cresceu porque hoje não trabalha somente com croché.
“Hoje eu tive que casar o crochê com a costura. Já gerei três empregos e tenho um parceiro que é um costureiro, e actualmente já trabalho com outros materiais”, concluiu.
O painel contou com a presença da secretária de Estado para a Família e Promoção da Mulher, Alcina da Cunha Kindanda; do director da American Schools of Angola e da Galeria ResiliArt Angola, Marcos Agostinho; e da pesquisadora de alimentação local e qualidade de vida Isabel Fontes.
A empresária angolana Sónia Moreira e Almeida afirmou recentemente que “o crochê é uma arte que nos ajuda a falar com o coração, porque nela se trabalha com o coração”, tendo partilhado que pretende passar os seus conhecimentos a outras jovens, pois, para além de ser uma arte bonita, “também dá para comercializar e sobreviver”.
Para ela, o crochê tem uma particularidade, que é ajudar-nos a falar connosco mesmos. “Ao falar comigo mesma, fui percebendo que o meu trabalho não podia ficar só por ali e devia trabalhar com jovens e jovens mais carenciadas, comunidades mais vulneráveis, de forma a tirá-las da prostituição, da vida fácil”, explicou a fundadora da Belíssima Crochê, marca nascida em 2020, vocacionada nesse tipo de manufactura, tendo destacado ainda o contributo desse ofício para “a diversificação da economia em Angola, assim como no resgate dos valores morais”.
“A nossa principal missão é formar e promover a cidadania, criando condições e oportunidades de negócio para a sustentabilidade das comunidades no âmbito das políticas de desenvolvimento local, ao mesmo tempo que aumentamos a difusão do sentimento de patriotismo”, referiu.
Ao ONgoma News, durante o workshop sobre “O Crochê, Emprego e Combate à Pobreza”, decorrido em comemoração do Dia Internacional do Crochê, celebrado anualmente a 12 de Setembro e tendo tido lugar na Galeria ResiliArt Angola, sita no Shopping Fortaleza, em Luanda, a empreendedora referiu ainda que a Belíssima tem como finalidade trabalhar nas comunidades para formar, sensibilizar e estimular o gosto pelo crochê e costura, tornando os contemplados independentes na criação do seu próprio negócio, além da intenção de geração de postos de trabalho.
A marca surgiu devido ao isolamento social provocado pela pandemia Covid-19, ambiciona ser uma referência em Angola e reconhecida a nível internacional, assumindo-se como um exemplo na criação de valores para os seus clientes, colaboradores, parceiros e comunidades.
A ideia surgiu num momento difícil, numa altura em que a sua filha teve problemas de saúde e foi recomendado ao casal que um dos dois tinha de parar as actividades e a opção foi Sónia fazê-lo. Daí, não tinha outra alternativa senão procurar aquilo que gostava de fazer ou o que ainda sabia fazer.
“Eu aprendi a fazer o crochê muito nova, quando tinha aproximadamente 10 a 12 anos de idade. Então fui buscar uma agulha que ainda tinha para treinar e ver o que ainda sabia fazer, e surgiu primeiro um tapete para casa, depois uma passadeira e daí fui colhendo opinião das pessoas. E como algumas me chamavam de belíssima, pensei como esta arte é mesmo belíssima e desenvolveu-se a marca”, revelou.
Sónia Moreira contou ainda que, por causa dos clientes, que na sua maioria foram homens que valorizaram de primeira o crochê, a marca desenvolveu-se conforme foi criando peças. “E o crochê é uma arte que nos ajuda a falar com o coração. E uma das coisas que eu fui reflectindo com o coração: Mas por que não tirar ou trabalhar com as comunidades”, questionou-se a entrevistada.
“Nós temos muita juventude, muitas meninas que andam pela rua, na prostituição, procuram dinheiro fácil, então eu pensei em trabalhar com as comunidades. Eu vou trabalhar com essa arte conforme aprendi quando pequenina, também posso passar a outras jovens, porque percebo que dá para comercializar e também dá para sobreviver, e foi assim que a Belíssima Crochê foi crescendo”, com o objectivo de hoje apoiar as comunidades mais vulneráveis, sustentou a gestora.
Resultado de uma parceria com o Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, o projecto da Belíssima Crochê vai chegar, numa primeira fase, a duas escolas, nomeadamente, o Centro Integrado de Empoderamento Familiar (CIEF), no bairro da Precol, e Escola Nacional de Formação de Técnicos Serviço Social (ENFOTSS), em Cacuaco.
“Será um desafio. Mas é algo que quero muito, trabalhar e dar o meu contributo no combate ao desemprego. Esta parceria com o Ministério vai também ajudar-me a identificar algumas jovens com aptidão, mas sem capacidade financeira para investir no material necessário”, acrescentou a responsável, em comunicado partilhado com a imprensa.
Entretanto, nesses 3 anos de existência, embora a fundadora da marca se sinta suspeita de falar de falar sobre, disse ao nosso portal que “o crescimento é brutal”, porque começou a fazer apenas peças para casa e hoje já faz calças de ganga, almofadas, não tem queda para os fatos de banho, mas produz carteiras, cestos para casa, porta-guardanapos, entre outros, de tal forma que observa que a Belíssima cresceu porque hoje não trabalha somente com croché.
“Hoje eu tive que casar o crochê com a costura. Já gerei três empregos e tenho um parceiro que é um costureiro, e actualmente já trabalho com outros materiais”, concluiu.
O painel contou com a presença da secretária de Estado para a Família e Promoção da Mulher, Alcina da Cunha Kindanda; do director da American Schools of Angola e da Galeria ResiliArt Angola, Marcos Agostinho; e da pesquisadora de alimentação local e qualidade de vida Isabel Fontes.