Ao longo da história do homem, a migração tem sido uma manifestação corajosa da vontade da pessoa em superar a adversidade e em alcançar uma vida melhor. Com a globalização e com as novas tecnologias de comunicação, cada vez mais pessoas desejam passar fronteiras.
Desde os primórdios que o homem, por insatisfação na maior parte das vezes, tem migrado em busca de melhores condições de vida. Por ser livre e poder fazer uso das suas liberdades, não deve ser visto como uma ofensa para quem quer que seja. Toda a mudança que se pretende é sempre para o melhor, caso contrário poderíamos considerar estar a viver um caso de masoquismo, quer seja individual ou colectivo, imperceptível a todos os níveis.
No dia 18 de Dezembro de 1990, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a Convenção Internacional para a Protecção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e dos Membros das suas Famílias.
Sim. O migrante é um deslocado, nome que, para muitos angolanos hoje, visto de forma muito pejorativa, dadas as memórias que facilmente especam em nossas torgas, trazendo lúgubres factos, sendo o mais recente os confrontos armados de 1992 que Angola viveu após as eleições. Divergências nos resultados obtidos nas urnas levaram com que muitas pessoas perdessem seus bens e suas vidas, fazendo com que muitas outras, por força maior e buscando formas de sobrevivência, se deslocassem das suas zonas de conforto para outras, mesmo sabendo das dificuldades que enfrentariam.
Emigrar tem relação estreita com o recomeçar, querer o melhor para si e para os seus. A emigração é o estado de clarividência da morte de um patriota, pois ela pode ser temporária ou definitiva.
Dizem os cérebros de estômagos cheios: “Foste porque quiseste”. Acontece. Não é tão fácil assim pensar no que comer a seguir quando já se está saciado e não é difícil pensar no que cozinhar no dia seguinte quando se tem várias opções.
É bom também salientar que todo o emigrante está sujeito a todo o tipo de insulto e desrespeito pelos energúmenos nativos da terra que se torna opção, quer seja de ordem social, cultural, financeira e racial, esta última que tem sido a vergonha da raça humana.
Quando se toma a decisão de se ser emigrante, o aconselhável é deitar parte do orgulho para uma sargeta reciclável e focar-se principalmente nos objectivos que provocaram a mudança, não obstante o facto de que quem emigra busca maior dignidade também.
Quando me permito sair por aí, observo meticulosamente pelas diferentes paragens que meus olhos estacionam com atenção exagerada, por efémeros segundos que sejam, todo o tipo de vontades de recomeçar. Todo e qualquer serviço digno e muitas vezes considerado não digno, até porque a linha ténue que diferencia uma da outra está enquadrada nas conversas de valores morais e imorais em que os seres humanos com tempo suficiente para irem a igreja têm. O importante já não é estar bem, mas sim sentir-se bem.
Quem desliga a ficha na totalidade, aquele que emigra de forma definitiva, embora eu ainda acredite que não existem emigrantes definitivos, porque a terra natal um dia poderá servir nem que seja para a obtenção do eterno descanso, nunca teve amor pela própria terra ou a relação que durou enquanto possuidor de uma consciência crítica foi de puro amor e ódio. As raízes que ligam uma pessoa a uma nação são muito mais do que um simples palco de nascença.
Proibir a emigração por questões políticas é um vilipendiar dos direitos e liberdades individuais. Não se pode por puro orgulho privar pessoas de quererem o melhor para si. Mas uma coisa vos garanto: Emigrar não é para preguiçosos. Deve-se estar preparado para trabalhar e ter emprego. Emprego pode ser difícil em qualquer um dos países em que a nossa simpatia migratória e oportunidades se regozijem. Mas trabalho… trabalho há muito, mas muito mesmo. Basta que ao emigrar deixes a vergonha, a vaidade e o preconceito na tua terra natal.
Ao longo da história do homem, a migração tem sido uma manifestação corajosa da vontade da pessoa em superar a adversidade e em alcançar uma vida melhor. Com a globalização e com as novas tecnologias de comunicação, cada vez mais pessoas desejam passar fronteiras.
Desde os primórdios que o homem, por insatisfação na maior parte das vezes, tem migrado em busca de melhores condições de vida. Por ser livre e poder fazer uso das suas liberdades, não deve ser visto como uma ofensa para quem quer que seja. Toda a mudança que se pretende é sempre para o melhor, caso contrário poderíamos considerar estar a viver um caso de masoquismo, quer seja individual ou colectivo, imperceptível a todos os níveis.
No dia 18 de Dezembro de 1990, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a Convenção Internacional para a Protecção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e dos Membros das suas Famílias.
Sim. O migrante é um deslocado, nome que, para muitos angolanos hoje, visto de forma muito pejorativa, dadas as memórias que facilmente especam em nossas torgas, trazendo lúgubres factos, sendo o mais recente os confrontos armados de 1992 que Angola viveu após as eleições. Divergências nos resultados obtidos nas urnas levaram com que muitas pessoas perdessem seus bens e suas vidas, fazendo com que muitas outras, por força maior e buscando formas de sobrevivência, se deslocassem das suas zonas de conforto para outras, mesmo sabendo das dificuldades que enfrentariam.
Emigrar tem relação estreita com o recomeçar, querer o melhor para si e para os seus. A emigração é o estado de clarividência da morte de um patriota, pois ela pode ser temporária ou definitiva.
Dizem os cérebros de estômagos cheios: “Foste porque quiseste”. Acontece. Não é tão fácil assim pensar no que comer a seguir quando já se está saciado e não é difícil pensar no que cozinhar no dia seguinte quando se tem várias opções.
É bom também salientar que todo o emigrante está sujeito a todo o tipo de insulto e desrespeito pelos energúmenos nativos da terra que se torna opção, quer seja de ordem social, cultural, financeira e racial, esta última que tem sido a vergonha da raça humana.
Quando se toma a decisão de se ser emigrante, o aconselhável é deitar parte do orgulho para uma sargeta reciclável e focar-se principalmente nos objectivos que provocaram a mudança, não obstante o facto de que quem emigra busca maior dignidade também.
Quando me permito sair por aí, observo meticulosamente pelas diferentes paragens que meus olhos estacionam com atenção exagerada, por efémeros segundos que sejam, todo o tipo de vontades de recomeçar. Todo e qualquer serviço digno e muitas vezes considerado não digno, até porque a linha ténue que diferencia uma da outra está enquadrada nas conversas de valores morais e imorais em que os seres humanos com tempo suficiente para irem a igreja têm. O importante já não é estar bem, mas sim sentir-se bem.
Quem desliga a ficha na totalidade, aquele que emigra de forma definitiva, embora eu ainda acredite que não existem emigrantes definitivos, porque a terra natal um dia poderá servir nem que seja para a obtenção do eterno descanso, nunca teve amor pela própria terra ou a relação que durou enquanto possuidor de uma consciência crítica foi de puro amor e ódio. As raízes que ligam uma pessoa a uma nação são muito mais do que um simples palco de nascença.
Proibir a emigração por questões políticas é um vilipendiar dos direitos e liberdades individuais. Não se pode por puro orgulho privar pessoas de quererem o melhor para si. Mas uma coisa vos garanto: Emigrar não é para preguiçosos. Deve-se estar preparado para trabalhar e ter emprego. Emprego pode ser difícil em qualquer um dos países em que a nossa simpatia migratória e oportunidades se regozijem. Mas trabalho… trabalho há muito, mas muito mesmo. Basta que ao emigrar deixes a vergonha, a vaidade e o preconceito na tua terra natal.