O sonho da casa própria tem alimentado a vida de muita boa gente que madruga para dar o litro com vista a consegui-lo ou sequer um terreno para o mbanji! Mas esse sonho mostrava-se digno de milionários face ao valor cobrado pelos espaços e pelas casas erguidas ou em construção. Tendo em conta essa situação, o governo construiu projectos habitacionais “sociais” (centralidades, zangos, panguilas) com preços e modalidades de pagamentos mais em conta ao cidadão e que também serviram para reassentar famílias que viviam em zonas de risco.
Face a essa aposta, começaram também a surgir iniciativas privadas para casas “sociais”, como o PROJECTO JEFRAN (sede em Luanda, Rua Dr. João Bezerra da Silva, Via Expressa Camama-Benfica, Bº Bem-vindo, contribuinte fiscal nº5402121346, matriculada na competente Conservatória do Registo Comercial sob o nº 10.896), “cujo objectivo é apoiar a juventude a realizar o sonho da casa própria, há algum tempo associada a ideia do programa do nosso Executivo no âmbito de apoio às famílias, com a implementação de um milhão de casas e a construção dirigida... Acreditar no projecto JEFRAN para a construção da sua moradia é acreditar numa vida melhor, será uma das melhores apostas para a realização do seu sonho na aquisição da casa própria. De Cabinda a Cunene estamos a construir para realizar o sonho de muitas famílias de terem uma casa própria numa realidade simples de alcançar.” Lê-se na página web da JEFRAN. Com esse sex apeal, muitos cidadãos não resistiram e acorreram a essa empresa para viverem o sonho da casa própria paga aos poucos de acordo aos rendimentos mensais e ao estipulado num contrato que se pensava justo, legal, equitativo e sério. O que não se veio a confirmar, muito pelo contrário, foi uma autêntica roubada, como dizem os brasileiros. Foram ngombelados a seco, como dizemos nós!
O baile da JEFRAN começa na altura da assinatura do contrato, feita tempos (meses) depois do pagamento da entrada (em AKZ equivalente a USD estipulado ou mesmo pago em USD ou Euros). Depois vêm os aspectos no contrato (parece um contrato de adesão) em que o cliente não é tido, nem achado, apenas pressionado a assinar se quiser a casa, caso contrário xixilará para ver ressarcido o valor pago de entrada e que ainda será “obrigado” a aceitar em AKZ, mesmo tendo pago em USD. Assinado o dito cujo mal-feito e que se calhar até podia ser nulo ou anulável, de acordo aos vícios e de quem o análise, chega a hora de pagar os 12 meses e aguardar pela bendita casa, que quase sempre não é entregue na data prevista, nem sequer um ano depois, fazendo com que muitos percam as esperanças e deixem de pagar, por causa desse incumprimento contratual da JEFRAN, que durante o tal primeiro ano de pagamento se tem dado ao luxo de alterar quando e como bem entender a taxa de câmbio das cobranças sem aviso prévio nem concordância com o cliente, cobrando juros de mora sempre que sentir sede. Quando a casa chega, se é que chega, nem sempre está completa, faltam cenas, inclusive a tal documentação que há sempre estórias que dariam inveja a J.R. R. Tolkien, Ondjaki ou Agualusa. As makas não param por aí. Se o cliente desistir por incumprimento da JEFRAN, que não entrega a casa mesmo paga, ver-se-á a noras para ter o kumbu de volta, lutando mais de um ano pelo reembolso, sem sequer a JEFRAN importar-se com a correcção cambial, inflação, desvalorização, sem esquecer a compensação pelo tempo que o kumbu ficou a ser usado por eles, deixando o cliente numa enorme expectativa em que teria a casa dentro do prazo. E nem sempre há a garantia de que o kumbu será devolvido. A empresa (mal) gerida pelos srs. Francisco Simão da Silva e Gerson da Silva, tem feito com cada uma tramoia que nem o maior bilingueiro teria pensado. Dentre os clientes há grávidas, hipertensos, diabéticos, idosos e outros cidadãos que precisam de cuidados especiais e que não deviam de modo algum estarem expostos à essa triste situação.
O que vai na cabeça dos donos da JEFRAN quando estão em casa, a comer, beber, descansar, conviver com a família no bem bom, com saúde, alegria, segurança, conforto, dinheiro a custa de sangue, suor, lágrimas e lamentos (há quem esteja a praguejar!) de milhares de almas que apostaram tudo para viverem de forma condigna!?
Apesar de todas as reclamações feitas à direcçao da empresa, os responsáveis dizem sempre que estão a resolver, não tarda entregarão as casas e devolverão o kumbu de quem quer. Há pouco tempo mudaram as regras contratuais novamente, obrigando os clientes a pagarem em menos tempo o valor das casas, caso contrário ser-lhes–ia devolvido o kumbu, mas com o câmbio de 130 Kzs por USD, quando nem a JEFRAN aceita esse câmbio nos pagamentos, estando a rondar os 200 Kzs por USD, acima do cambio do BNA! Estranho é que as casas para o Ministério do Interior sempre foram entregues a horas, sem atrasos ou reclamações sonantes. Porque será que a casa para o cidadão normal sofre com esse cafrique do Francisco e do Gerson!? Uns são filhos e outros não!? Dois pesos e duas medidas!?
Questões várias se levantam sobre esse filme de terror, que tem desgraçado famílias que venderam tudo na esperança do sonho ser realidade, ter casa própria:
- Quem são os poderosos donos da JEFRAN que não são chamados à justiça, continuam a bilingar a torto e a direito, sem que nada os aconteça!?
- Por que razão as instituições afins do Estado angolano não intervêm de forma séria, vigorosa, imparcial e exemplar para garantir o direito dos cidadãos queixosos?
- Aonde está o INADEC? As Finanças? A AGT? Algo nos diz que as contas da JEFRAN estão certas, nem os impostos, nem taxas...
- Por que a JEFRAN tem a sua própria taxa de câmbio paralela? É o novo Mártires do Kifangondo?
- Se aceitam cobrar (e pagamentos) em USD e Euros, porquê que não devolvem na mesma moeda? Para quê pagar em Kzs ao câmbio de 2015?
- Até que ponto um negócio feito com base nos moldes da JEFRAN e num contrato suspeito, deve continuar a ser feito sem que as instituições de direito ponham cobro a situação para não haver mais cidadãos lesados?
- Até quando a impunidade vai proteger os prevaricadores e prejudicar os clientes?
- Será que os clientes terão de pedir a intervenção do Sr. Presidente da República para corrigir o que está mal com as casas da JEFRAN e o dinheiro dos clientes?? Sério!?
O que vai na cabeça dos donos da JEFRAN quando estão em casa, a comer, beber, descansar, conviver com a família no bem bom, com saúde, alegria, segurança, conforto, dinheiro a custa de sangue, suor, lágrimas e lamentos (há quem esteja a praguejar!) de milhares de almas que apostaram tudo para viverem de forma condigna!? Assim mesmo está bom!? Cadê a missão e os valores ditos pela JEFRAN!? Será o projecto JEFRAN mais um bilingue da casa própria!?
O sonho da casa própria tem alimentado a vida de muita boa gente que madruga para dar o litro com vista a consegui-lo ou sequer um terreno para o mbanji! Mas esse sonho mostrava-se digno de milionários face ao valor cobrado pelos espaços e pelas casas erguidas ou em construção. Tendo em conta essa situação, o governo construiu projectos habitacionais “sociais” (centralidades, zangos, panguilas) com preços e modalidades de pagamentos mais em conta ao cidadão e que também serviram para reassentar famílias que viviam em zonas de risco.
Face a essa aposta, começaram também a surgir iniciativas privadas para casas “sociais”, como o PROJECTO JEFRAN (sede em Luanda, Rua Dr. João Bezerra da Silva, Via Expressa Camama-Benfica, Bº Bem-vindo, contribuinte fiscal nº5402121346, matriculada na competente Conservatória do Registo Comercial sob o nº 10.896), “cujo objectivo é apoiar a juventude a realizar o sonho da casa própria, há algum tempo associada a ideia do programa do nosso Executivo no âmbito de apoio às famílias, com a implementação de um milhão de casas e a construção dirigida... Acreditar no projecto JEFRAN para a construção da sua moradia é acreditar numa vida melhor, será uma das melhores apostas para a realização do seu sonho na aquisição da casa própria. De Cabinda a Cunene estamos a construir para realizar o sonho de muitas famílias de terem uma casa própria numa realidade simples de alcançar.” Lê-se na página web da JEFRAN. Com esse sex apeal, muitos cidadãos não resistiram e acorreram a essa empresa para viverem o sonho da casa própria paga aos poucos de acordo aos rendimentos mensais e ao estipulado num contrato que se pensava justo, legal, equitativo e sério. O que não se veio a confirmar, muito pelo contrário, foi uma autêntica roubada, como dizem os brasileiros. Foram ngombelados a seco, como dizemos nós!
O baile da JEFRAN começa na altura da assinatura do contrato, feita tempos (meses) depois do pagamento da entrada (em AKZ equivalente a USD estipulado ou mesmo pago em USD ou Euros). Depois vêm os aspectos no contrato (parece um contrato de adesão) em que o cliente não é tido, nem achado, apenas pressionado a assinar se quiser a casa, caso contrário xixilará para ver ressarcido o valor pago de entrada e que ainda será “obrigado” a aceitar em AKZ, mesmo tendo pago em USD. Assinado o dito cujo mal-feito e que se calhar até podia ser nulo ou anulável, de acordo aos vícios e de quem o análise, chega a hora de pagar os 12 meses e aguardar pela bendita casa, que quase sempre não é entregue na data prevista, nem sequer um ano depois, fazendo com que muitos percam as esperanças e deixem de pagar, por causa desse incumprimento contratual da JEFRAN, que durante o tal primeiro ano de pagamento se tem dado ao luxo de alterar quando e como bem entender a taxa de câmbio das cobranças sem aviso prévio nem concordância com o cliente, cobrando juros de mora sempre que sentir sede. Quando a casa chega, se é que chega, nem sempre está completa, faltam cenas, inclusive a tal documentação que há sempre estórias que dariam inveja a J.R. R. Tolkien, Ondjaki ou Agualusa. As makas não param por aí. Se o cliente desistir por incumprimento da JEFRAN, que não entrega a casa mesmo paga, ver-se-á a noras para ter o kumbu de volta, lutando mais de um ano pelo reembolso, sem sequer a JEFRAN importar-se com a correcção cambial, inflação, desvalorização, sem esquecer a compensação pelo tempo que o kumbu ficou a ser usado por eles, deixando o cliente numa enorme expectativa em que teria a casa dentro do prazo. E nem sempre há a garantia de que o kumbu será devolvido. A empresa (mal) gerida pelos srs. Francisco Simão da Silva e Gerson da Silva, tem feito com cada uma tramoia que nem o maior bilingueiro teria pensado. Dentre os clientes há grávidas, hipertensos, diabéticos, idosos e outros cidadãos que precisam de cuidados especiais e que não deviam de modo algum estarem expostos à essa triste situação.
O que vai na cabeça dos donos da JEFRAN quando estão em casa, a comer, beber, descansar, conviver com a família no bem bom, com saúde, alegria, segurança, conforto, dinheiro a custa de sangue, suor, lágrimas e lamentos (há quem esteja a praguejar!) de milhares de almas que apostaram tudo para viverem de forma condigna!?
Apesar de todas as reclamações feitas à direcçao da empresa, os responsáveis dizem sempre que estão a resolver, não tarda entregarão as casas e devolverão o kumbu de quem quer. Há pouco tempo mudaram as regras contratuais novamente, obrigando os clientes a pagarem em menos tempo o valor das casas, caso contrário ser-lhes–ia devolvido o kumbu, mas com o câmbio de 130 Kzs por USD, quando nem a JEFRAN aceita esse câmbio nos pagamentos, estando a rondar os 200 Kzs por USD, acima do cambio do BNA! Estranho é que as casas para o Ministério do Interior sempre foram entregues a horas, sem atrasos ou reclamações sonantes. Porque será que a casa para o cidadão normal sofre com esse cafrique do Francisco e do Gerson!? Uns são filhos e outros não!? Dois pesos e duas medidas!?
Questões várias se levantam sobre esse filme de terror, que tem desgraçado famílias que venderam tudo na esperança do sonho ser realidade, ter casa própria:
- Quem são os poderosos donos da JEFRAN que não são chamados à justiça, continuam a bilingar a torto e a direito, sem que nada os aconteça!?
- Por que razão as instituições afins do Estado angolano não intervêm de forma séria, vigorosa, imparcial e exemplar para garantir o direito dos cidadãos queixosos?
- Aonde está o INADEC? As Finanças? A AGT? Algo nos diz que as contas da JEFRAN estão certas, nem os impostos, nem taxas...
- Por que a JEFRAN tem a sua própria taxa de câmbio paralela? É o novo Mártires do Kifangondo?
- Se aceitam cobrar (e pagamentos) em USD e Euros, porquê que não devolvem na mesma moeda? Para quê pagar em Kzs ao câmbio de 2015?
- Até que ponto um negócio feito com base nos moldes da JEFRAN e num contrato suspeito, deve continuar a ser feito sem que as instituições de direito ponham cobro a situação para não haver mais cidadãos lesados?
- Até quando a impunidade vai proteger os prevaricadores e prejudicar os clientes?
- Será que os clientes terão de pedir a intervenção do Sr. Presidente da República para corrigir o que está mal com as casas da JEFRAN e o dinheiro dos clientes?? Sério!?
O que vai na cabeça dos donos da JEFRAN quando estão em casa, a comer, beber, descansar, conviver com a família no bem bom, com saúde, alegria, segurança, conforto, dinheiro a custa de sangue, suor, lágrimas e lamentos (há quem esteja a praguejar!) de milhares de almas que apostaram tudo para viverem de forma condigna!? Assim mesmo está bom!? Cadê a missão e os valores ditos pela JEFRAN!? Será o projecto JEFRAN mais um bilingue da casa própria!?